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Ela acachapa o cabelo porque a repressão materna ainda subsiste, incutiram-nos o medo de sermos vibrantes e volumosas; em todas as mulheres há sempre um tapume de moral que reprime as mais indiscretas. Assim como queremos ser exageradamente magras para desaparecer. A mulher tem que ser lisa e não levantar ondas, tem que ser passadinha a ferro, arrumadinha, engomada. E quem define tal "aparência"? Branquelas, anafados pelos doces vícios que a escravatura cultivou sem deles beneficiar, e chico-espertos. E, então, surgem com todo este aparato de repressão: ele é "mediadores", "cicerones", de classe média e média alta, como outrora, arautos da defesa das condições de vida dos outros, sob a qual promovem uma nova forma de fascismo, sustentada no capitalismo neoliberal, sob a farsa da independência. A mesma com a qual passaram a ser a voz dos excluídos. O LinkedIn é uma caricatura perniciosa da vida social — do capital social –, afinal o outro também alimentou o mito de nem ter a fronha nas badanas dos medíocres compêndios, enquanto usava técnicas de marketing solenes, mais aceites, – coisas de classe – nas ditas margens dos espaços vazios... de tudo. No fundo, querem meter-nos uma burca de outra maneira. Em todo o classismo há um fundo de misoginia entranhado, como de racismo.
Máscara boa no circo do simbólico-in não é com tais peles-películas, não.
Até por isto, uma pessoa começa a adorar o simbólico-out, dos que se afirmam como excêntricos, os chamados "exagerados", "pirosos", "camp", neste país de chatos com mais mania que fantasia, prenhe de alergias, com poucas garantias, encantado na ignorância, curvado, de joelhos, à alheia auto-importância.
Quem fura o tapume?
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