Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro, 2024

Fragmentos

 (((ECO)))      Que uma amizade colorida e sonante fosse inocente era, por conseguinte, um paradoxo; mas, representar  a ingenuidade num sentimento imaginado, era a amizade possível e arrebatadora, apesar de  rara.      Quando ouvíamos dizer que a tua amiga era a emoção, entendíamos imediatamente que estava alienada à intelectualidade; concluindo, de seguida, que na maioridade somente nos devêssemos importar com as analogias. Deveríamos esquecer as pedagogias formais, tinham sido elas a mortificar-nos. A verdade era que a mulher nasceu livre e por toda a parte vivia acorrentada.      Recordaríamos apenas as festas em que nos viam gregas no início de cada estação, só elas tinham o condão de alterar a sua percepção da nossa inocência. Eram festas pouco exuberantes embora explorassem os micro-amplificadores que se revezavam cumprindo as funções asseguradas por tubos e tubinhos de aparelhos electrónicos. Aparelhos que sugavam uma p...

Fragmentos

A virtude, como todas as coisas, tem as suas tentações, bem mais perigosas porque não desconfiamos delas ( Marguerite Yourcenar )  Só os túmulos conhecem a ressurreição  (Friedrich Nietzsche)  Nunca foi capaz de perdoar os pais, mortos há tanto tempo, terem-lhe imposto um nome tão sonoro e comprometedor, o mais impróprio de todos os nomes que lhe poderiam ter dado, não apenas ao seu corpito frágil, débil, mas também à sua índole, ao seu ânimo  (Luigi Pirandello)   Na realidade, depois de ele ter acabado de lançar o seu apelo sonoro, ouvi-lo murmurar ainda num sussurro qualquer coisa que era talvez jaculatória ou praga de cansaço. Pois ninguém saía das [suas] casas, nem nenhuma janela se abria (Ernest Jünger)

Fragmentos

A funambulogia do poder Ulula Ala! mas o adubo estiola. Na prática da agrícola parábola a excessiva mãe mata ao nascer./ Morticento bébé à teta adere bem mais por teimosia que por rábula. Uma aguada fábula de mágoa lubrifica-lhe o tubo e lá digere:/ onomásticos grupos por julho gnomos vociferantes fins de maio bolos de bacalhau agosto tinto/ culatras comichentas e o estadulho arte nova dum medo verdegaio sobre a espádua do grito nunca extinto.

Fragmentos

Conversas anartísticas e profundamente comprometidas com os estados dos espíritos ou Um espaço de crítica livre sobre os infortúnios da história cultural e das artes com Elagabal Aurelius Keiser e Soraia Simões de Andrade Para ouvir, subscrever uma destas plataformas: Soundcloud , Spotify, ou Apple . Gravado no início da semana, este episódio poderia começar assim: certas pessoas ilustradas falam abertamente do que pode levá-las a ser profundamente críticas no seu quotidiano e em todos os seus actos, mais e menos vistos, de todas aquelas criaturas num roda-roda-constante em torno do centro do umbigo, e que, ao longo da história, têm dado a mão ao palratório sobre si em torno de si. Tomámos como ponto de partida o livro Shoot the Women First, traduzido e editado entre nós em 1998 pela extinta Fenda, livro que parte da compilação de várias entrevistas de Eileen MacDonald a mulheres de organizações armadas em lugares como Síria, Palestina, Irlanda, País Basco, Itália, Alemanha... N...

Fragmentos

Conversas anartísticas e profundamente comprometidas com os estados dos espíritos ou Um espaço de crítica livre sobre os infortúnios da história cultural e das artes com Elagabal Aurelius Keiser e Soraia Simões de Andrade Intempérie, podcast entre Berlim e Lisboa  do Elagabal Aurelius Keiser e desta vossa conhecida, um espaço de crítica livre sobre os infortúnios da história cultural e das artes.  Segunda conversa partilhada, sem guião embora com uma linha orientadora no horizonte: a excessiva moralização de um discurso sobre artes e cultura, trazendo, inevitavelmente, à colação dois conceitos nietzscheanos e umas quantas ideias platónicas. Podem subscrever e ((ouvir)) o Intempérie numa destas plataformas:  Soundcloud ,  Spoti fy , ou  Apple podcasts