Oh, Álvaro de Campos, Quem me dará outra vez a minha infância perdida? Nem este Alice in Wonderland flower make fashion do criador Jean-Louis Sabaji, mas lá que ver o desenho deste trapinho contribuiu para a nostalgia da infância... Quis falar-lhe ao fundo da noite sobre o peso dos dias. Inventei uma película: imagens em repouso na parede da sala onde não mais se ouviu Paganini. Tu de copo com uísque rum na mão esquerda indo atrás de reflexões numa carta porventura ensaio da partida. De algum vocábulo que adormecesse a ira ou mesmo um fiapo de luz a ocupar o vazio. Ontem sonhei-te Mad Hatter e eu Alice: imagem na parede, relógio no bolso, tempo apressado. Quem dera, à partida, ser-se um baralho de cartas: acordava agora projectada na parede e a cabeça no teu colo, pai. __
pegada digital transitória -- alguns fragmentos de escritos ora já publicados ora no prelo, de Soraia Simões de Andrade