No fim do ano fomos à cata de azevinho Nesse último mês fintámos o guarda-florestal Tesourámos estatutos de protecção entoando cantigas sedutoras Arrancámos essas relíquias cor de sangue da antiga Laurissilva Dos seus dentes afiados fizemos uma estrela para o pinheiro Desconfiava que pudesse ser a última decoração conjunta O uso do paganismo celta recuperado, símbolo de imortalidade adivinhava a dureza das folhas que persistem ao rigor deste inverno Há nos arbustos silvestres uma cobiça eterna, inexplicável. página 76
pegada digital transitória; alguns fragmentos de escritos ora já publicados ora no prelo, de Soraia Simões de Andrade