No fim do ano fomos à cata de azevinho
Nesse último mês fintámos o guarda-florestal
Tesourámos estatutos de protecção entoando cantigas sedutoras
Arrancámos essas relíquias cor de sangue da antiga Laurissilva
Dos seus dentes afiados fizemos uma estrela para o pinheiro
Desconfiava que pudesse ser a última decoração conjunta
O uso do paganismo celta recuperado, símbolo de imortalidade
adivinhava a dureza das folhas que persistem ao rigor deste inverno
Há nos arbustos silvestres uma cobiça eterna, inexplicável.
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