Chega, liberta, aprisiona Gasta os domingos à procura Do prazer e de fugir à dor Mutáveis passageiros. Alguém lhe diz que vive Só, nas coisas imutáveis. Chamo-lhe pavor, de amor Pouco digno quando digno. Imaginado, não vivido De uma prática inexistente Um estranho fantasiado Omnipresente, elaborado. Da paz e do bem-estar Supõe poder, tranquilidade Ouço-lhe, na voz árida A resignação dos loucos Pouco, nada, esclarecidos. À sorte, iludido pela fé O sabor, o cheiro, a semana Marca presença no vagão-bar De pé, balançando o corpo As melhores palavras são arrastadas Pelo tempo.
pegada digital transitória; alguns fragmentos de escritos ora já publicados ora no prelo, de Soraia Simões de Andrade