azevinho
Como nos fins de ano
anos oitenta e noventa:
ir à cata de azevinho
fintar o guarda-florestal
tesourar estatutos de protecção
entoando cantigas sedutoras
arrancar essas relíquias cor de sangue
da antiga Laurissilva
dos dentes afiados fazer uma estrela
para pinheiro.
Por Desconfiar que pudesse ser esta
a última decoração conjunta.
Uso do paganismo celta recuperado,
símbolo de imortalidade
a adivinhar dureza nas folhas
que persistem
ao rigor do inverno.
Há nos arbustos silvestres uma cobiça
eterna
quase inexplicável
intransmissível...
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