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A mostrar mensagens de junho, 2023

fragmentos

  a inigualável memoires dans les livres ainda sabemos ler francês, não viemos d'aristocracia, tão-pouco da burguesia, também arranhamos piano, aprendemos quase tudo com o nosso pai, já fomos parar à rua, embora de diferentes maneiras, num dos ca(s)os até fomos capazes de andar dois anos a ouvir hip-hop como se fosse, aquele era, punk ou free-jazz... musa memoires dans les livres                                                    

Fragmentos

O Imenso Comércio do Nada IX Ninguém que ponha sobre si o foco de luz quer perder muito tempo a pensar como o machismo é praticado por todos, sejam os géneros mais ou menos desviantes; actua de modo autónomo à classe, e actua concomitantemente com os atributos  dela para nos calar.   Fantasiar experiências, tanto as pessoais como as alheias, terá como fim a cristalização dos hábitos, reformando unicamente  formazinhas de dizer as mesmas coisas. A maneira de alterar uma estirpe, passaria por destruir a raiz das coisas da dita cultura, construir uma sociedade de artistas anónimas que rebentasse com tudo. A exterioridade, mais que longe do sagrado, é o princípio  do nosso auto-maravilhamento e da vertigem. Conscientemente, ou não, estaremos a contribuir para reforçar os mecanismos de aceitação e obediência de sociedades  que apodrecem  enquanto  velam a realidade soterrando-a em analogias dos seus defeitos, efeitos, preconceitos. E disto ninguém, nem...

Fragmentos

Mas nem todas as quimeras são libertadoras Viradas para o que resta do que fomos cresceram rídulas e cercas enroladas no burel herdado  coçado doutros corpos  que habitavam essa lã   Poupamos agora nos programas da lavagem, não-sã  Acendemos e desligamos o botão da máquina velha Em vão. São linhas de fundo,   aquilo que nos atinge            Junho, 2023