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A mostrar mensagens de junho, 2025

Fragmentos

Avançava e chicoteava o vento só com a planta de um pé, era, portanto, a antitipa de todas as atletas amadoras mas punha a maior ênfase em tudo o que fazia... Lisboa - Berlim, 2025 Lagoa do Fogo, 2016 A modela nesta passagem quase desaparecia com borracha pelicano. Tinha atrás do caderno onde colou esta uma prosa curta que, apagada, se iria, de qualquer maneira, revelar na textura do que escreveu. Só que a experiência era dada numa frase insegura, não fazia jus à fulgurante lagoa e, por isso, permaneceu inacabada, as suas intenções reuniram-se pouco a pouco numa das culturas a que se ligou noutra viagem com a qual hoje se projecta no sítio que iria dominá-la; não fosse ela capaz de o superar para, de seguida, dominá-lo e a todos os seus fantasmas de dominação. Na terceira pessoa narram-se pequenas e grandes passagens e pontapés no ar, não precisamos todos de ser o Ronaldo ou a Mónica Jorge para tal...

Fragmentos

  EP2 - Fascismos, micro-fascismos, poéticas da diversidade #2 Para ouvir, subscrever  Spotify   ou  Soundcloud #2 Neste episódio rondamos os temas do crescimento da extrema direita num mundo em que as cenouras, cada vez mais escassas, parecem estar a deixar de substituir os chicotes. Falamos de micro e macro fascismo, de extrema direita, extremo centrão e extrema esquerda, como faces da hiperrealidade política que dissimula a política real: controle digital cada vez mais apertado, miséria quotidiana, novas formas de contornar a liberdade de expressão, consensualidade compulsiva, interiorização da culpa, feudalismo digital e a impostura da arte contemporânea. E propomos alguma bibliografia para delinear estes temas: Sigmund Freud - Psicologia de Grupo e a Análise do Ego ; Wilhelm Reich - Psicologia de Massas do Fascismo; Jean Baudrillard - Simulacros e Simulação; Félix Guattari - «Todos querem ser fascistas»; Édouard Glissant - Poética da Relação; Introdução a uma Po...

Fragmentos

  CAMILLE anotações por Berlim-Mitte O Abandono Uma, de outras, escultura de Camille Claudel [CC] no Alte National Galerie, Mitte, ilha dos Museus,  no edifício  que se assemelha a um templo grego. Já a admirava muitíssimo por telas travessas, as do cinema  pois, claro. Interpretada pela Isabelle Adjani, depois pela Juliette Binoche.  Diagnosticada como psicótica,  tendendo para as noias numa altura em que não contávamos com os benditos medicamentos  que hoje, em condições de saúde próximas, podemos tomar.  Irmã de Paul Claudel. Tenho amigos que  dizem ser um poeta en...cantador; mas não ressoam aqui  os escritos dele, lamento. Já a irmã, considero-a bastante mais talentosa que Auguste Rodin.  Há até quem me tenha convencido, por a mais b e c — estudiosos e escultores —, que as mãos   e os rostos de Rodin eram, afinal, de Camille Claudel, o senhor apenas os modelava.  Quanto ao mano-de-sangue-poeta, deixou-a apodrece...