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Fragmentos

  EP 5 - Da contemplação ao olhar apressado - a morte da atenção no capitalismo mediático #5 Para ouvir podem subscrever o Intempérie no SoundCloud ou no Spotify . Vivemos tempos inquietantes em que a distração passou a ser dever cívico, e a atenção recurso natural escasso. O neoliberalismo já não necessita de grandes fogueiras para queimar livros incómodos ou obras de arte inconvenientes, basta-lhe incinerar o olhar de quem lhes poderia dar atenção. Entre tictocts, vídeos, e posts, vendemos a alma a pequenas prestações de foco, mesmerizados pela alucinação interactiva que configura nova forma de trabalho incessante, para animar as redes tecno-feudais. São os tempos da plataformização totalitária da vida, em que o capitalismo colonizou o tempo “livre”, e neste surge outra morte da arte, diluída em excesso de likes do olhar utilitário ou curioso, mas superficial. Demorar numa obra pode ser hoje novo acto de rebelião. Bibliografia: Walter Benjamin - A Obra de Arte na Era da Sua Repr...

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 Novos Cadernos AH!, do #31 ao #36 disponíveis para ler, em acesso livre, no website Mural Sonoro

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Virtue signalling Salvemos a memória das viagens que não fizemos porque alguém as fez com extremo cuidado por nós.  O último fim-de-semana foi de chuva e releituras; as do mundo por conhecer, não por via do mundinho que é para tod@s conquanto iguais, aquele que não é especialmente novo e leva quem decide militantemente ocupar as brechas imperceptíveis do chinfrim bélico, previsível, do circo, a procurar outros géneros de, chamemos-lhe, desapego ou fartura... Lembro agora porque, entre outra bicharada, deixei de comer arenque, claro, foi depois de ler Os Anéis de Saturno de W.G.Sebald. Além do mais, exibir comida, hábitos de restauração e de leitura, por aqui, num país onde há crianças e adultos, famílias, que chegam a meio do mês sem dinheiro sequer para o café ou o pão é outro dos tiques do progressismo que já coxeia, que aqui e ali causa uma extrema irritação aos estômagos que já são obrigados a laborar com muito pouco. Porém, reparem, internet tem-se de borla, à pendura, livros ...

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EP 4 - Política da Arte em vez de Arte política: outro dos aspectos da morte da arte Para ouvir podem subscrever o Intempérie no SoundCloud ou no Spotify Inspirados pela “Carta a D’Alembert sobre os espectáculos” de Rousseau, tentamos explorar outro vector da morte da Arte, a sua instrumentalização enquanto parte da política de entretenimento que nos quer passivos a salivar perante o espectáculo da liberdade, da democracia e da suposta abundância. Método ancestral de nos reduzir à função de focas amestradas que batem palmas ou assinam em cruz um cheque em branco às elites políticas. Conversas anartísticas e profundamente comprometidas com os estados dos espíritos ou Um espaço de crítica livre sobre os infortúnios da história cultural e das artes com Elagabal Aurelius Keiser e Soraia Simões de Andrade com indicativo sonoro de Xana (Imagem do podcast sob Agathos Daimon, pintura de Elagabal Aurelius Keiser). Para quem nos quiser continuar a enviar eventuais perguntas, comentários ou suge...

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  O Imenso Comércio do Nada A europa e seus fantasmas de dominação Weidendammer Brücke, Berlin-Mitte, 2025 A pior mentira é a mentira da candura, da paz, do bom senso do parlamentar ocidental. Já mentimos tanto, já omitimos tantas coisas, que podemos começar a experimentar a honestidade a ver se ela nos cura.  É possível que dentro de poucos anos comecemos a renunciar ao pensamento dimanado da paixão e do desejo, da sinceridade connosco, a temer a angústia, a desenvolver cada vez mais conhecimentos que aproximam o mundo idealizado do que cremos ser o real, a moralizar os pederastas silenciosos numa manifestação ao fim-de-semana que silenciosos ficam como resposta ao chinfrim bélico do mundo. Afinal, a nossa principal característica é ter memória curta e aliviar episodicamente a boa consciência burguesa com acções para ficar tudo na mesma, menos a percepção que outros de nós terão. O drama histórico dos massacres e das limpezas étnicas – Bósnia e Kosovo, Sudão, Ruanda, Congo, S...

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EP3 - Do movimento desnomeado às Bastardas da revisitação punk pós-feminista Para ouvir podem subscrever o Intempérie no SoundCloud ou no Spotify Um episódio em que convocamos para a conversa certas ideias para uma nova tradição. Passamos por Arthur Rimbaud, Peter Sloterdijk, Elizabeth Grosz, Virgine Despentes, Paul B Precíado, Camille Paglia, bell hooks e, demoramo-nos nas intervenções textuais-sonoras de María Galindo... GaLINDA ; sobretudo a mais recente publicação, pela mão de uma pequena editora portuguesa (Barricada de Livros), de Feminismo Bastardo . Tem isto a ver com o quê? Ouvindo pode ser que nos consigam explicar. Conversas anartísticas e profundamente comprometidas com os estados dos espíritos ou Um espaço de crítica livre sobre os infortúnios da história cultural e das artes com Elagabal Aurelius Keiser e Soraia Simões de Andrade com indicativo sonoro de Xana (Imagem do podcast sob Agathos Daimon, pintura de Elagabal Aurelius Keiser). Para quem nos quiser continuar a en...

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 Bem-vinda ao passado Como qualquer pessoa ligada, apaixonada, à/pela música, também já achei que havia canções feitas para aqui...Esta é uma delas, seria apenas mudar o género, Já morri a morte certa Já senti a fome, aperta a dor Já bati à porta incerta Viajei de caixa aberta, a dor Pecado, fundido, queimado Já desci lá em baixo ao fundo Já falei com outro mundo e então Já passei o limbo limpo Já subi ao purgatório e vou Zangada, bem-vinda ao passado Pecado, arrependido, queimado Zangada, bem-vinda ao passado Pecado, fundido e queimado Zangada, bem-vinda ao passado Pecado, arrependido, queimado