tatuar deixa raízes A frecha de uma janela consumida pelo gélido barroco. Mármores imponentes impotentes teatro-esperança. Ao orvalhar ousaram agarrar meu corpo-pluma-livre a uma cama de ferro cinzelada sobre luzes elevadas. Principiava o milénio na noite mais fria. Infligia dor na pele macia, corpo enfraquecido às primeiras perdas, aos primeiros toques. Sangrava a conta-gotas, pacto-impacto, quando agulhas estreitas o coloriram. Novas janelas, frechas pequenas partidas em frechas maiores. A epiderme inelutável abriu-se ante purga generosa numa primeira clavilha. Vinte e alguns anos o poder no meu corpo decidir corpo a corpo pelo meu corpo. Corpo fronteira, corpo meta, corpo espírito, corpo limítrofe, corpo centro, corpo moldura, corpo adulado, corpo périplo, corpo enredo, corpo tingindo-perdido-marcado. Corpo meu. Tão deturpado, fracassado, obstinado, célere, indolente, recuperado, iconográfico. Princip...
pegada digital transitória; alguns fragmentos de escritos ora já publicados ora no prelo, de Soraia Simões de Andrade