cílio esgar Antes ficava-se com a pobreza estampada no sobrolho. Hoje apaga-se do olhar do mundo sem esforço. Olhos de febre acertam os tons de contínuos sonhos na ponta da pinça. Aparando violentas lamúrias, últimas transparências num olhar sem rosto, nem solo, gota de lama. Havia nela permanência vestidinho sempre engomado submundo recatado pela idade movimentos de reverência. Labor negado às regras, ao sabor da frialdade genética, e o peso das botas de aço desunhava a esterilidade. Vincava o espaço entre a raiz da língua e traqueia pelo gargalo desfasado de uma garrafa vazia de pura seiva. Miserável era o exterior, paredes desonradas atafulhadas de tinta a rugir míngua, indigência, sorte. Se todas as goelas abrissem como uma aba velha, molhava nelas o bico. Abria-se ao recomeço. Qualquer cercania era alfobre inseparável de ...
pegada digital transitória; alguns fragmentos de escritos ora já publicados ora no prelo, de Soraia Simões de Andrade