A funambulogia do poder
Ulula Ala! mas o adubo estiola.
Na prática da agrícola parábola
a excessiva mãe mata ao nascer.
Morticento bebé à teta adere
bem mais por teimosia que por rábula.
Uma aguada fábula de mágoa
lubrifica-lhe o tubo e lá digere:
onomásticos grupos por julho
gnomos vociferantes fins de maio
bolos de bacalhau agosto tinto,
culatras comichentas e o estadulho
arte nova dum medo verdegaio
sobre a espádua do grito nunca extinto.
Sonetos de amor e circunstância
e uma canção desesperada
(Do reino Arracão)
L.M. 1970
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