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A mostrar mensagens de março, 2025

Outra Míngua

  Pré-venda  até dia 30 de Março  pedidos por e-mail ou no nosso portal: muralsonoro.info@gmail.com https://www.muralsonoro.com/edicoesah Outra Míngua  texto: Soraia Simões de Andrade  desenhos: Elagabal Aurelius Keiser  pp.90 colecção ثريا AH! 2025 [arranjo gráfico na capa Alexandre Nobre, paginação Fernando Ramalho] ____

Fragmentos

Recado digital: vizinho, vizinha, quem quer que sejas, vamos beber um café com cheirinho? Pagas tu. Ouvi há pouco o meu irmão dizer que os marcadores de rua estão caros, mesmo os de candonga e não da Crack Kids, donde para a minha bica-boca terás uns minutos e trocos. Há pelo menos uma desconhecida que se declara interessada em conhecer-te; tens auxiliado, e não dinamitado à semelhança da maioria dos rabiscos dolentes por estes muros, o meu último ano de caminhadas pela capital dos micro-impérios.  Mas, sabes, o drama é que nada de muito significativo já se consegue guardar. Metade da gente que por aqui passa é entretida pelos média, tudo se esquece e tudo se aceita depois de uma lavagem cerebral-cosmopolitan-protoenGAJAda. Bem que escreveu a MY que o passado era coisa infinitamente mais estável que o presente. Estes anos não são muito diferentes doutros, é o velhinho zarolho de sempre que regressa: limpa tudo o que é incómodo para tingir sua brancura virtual, cria um grupo de co...

Fragmentos

  ((Rememorar numa breve nota Despentes))     A ditadura da socialização pretende que abrandemos, outras vezes eliminemos, o que vivemos na carne. Uma revolução, o que tinham em mente estas vagas feministas , e não um reajustamento a estratégias de marqueteiros, medrosos, parasitos. Não se resolve no número, nos mapas, nos adventos. É, até, um dos tiques mais habituais quando alguém aponta criticamente a nudez no reinado, os reis despidos começarem a disparar um número crescente de pessoas x e y, para, assim, provar  a patetice do argumento e desviá-lo para um debate com véus, ou seja um quase-debate. Estão aqui a ver? Vejam, vejam. Que não há só gaivotas na terra quando alguém se põe a delirar para evitar um confronto. Que sabem as pessoas sobre nós? Aquilo que apresentamos (e como) a cada uma diz respeito. Sabe-se pouco, ou nada, das reservas de cada alma. E, se ela, a altura do mundo, nos for desprezível, até podemos reinventar-nos e desejar o anonimato....