A arte do servilismo também pode ser descrita como um caso de avidez, nela os corpos sem grande espinha, ou um engenho especial, revezam-se e os que fazem por se ver excluídos do circo do simbólico reclamam o real e regressam a ele sem oferecer grande resistência.Ao anteverem que restam só essas ruínas, ásperas às mãos, ou, então, uns nós onde não há osso nem espinha e tudo, mesmo tudo, passou a ser aeriforme no pindérico mundo do espectáculo.Se tudo fosse aeriforme nesta coisa das artes, a primeira coisa que já teria sucedido era um apagamento do fogo; tudo o que existe é fogo de bilbode.Ai freguesa!A mim tudo isto me exalta, como é exaltante um terreno morto por excrementos onde se podem lançar sementes seja do que for.https://www.dn.pt/politica/marcelo-fala-ao-pais-esta-quinta-feira-as-2000-16292587.html
de Robert Musil
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