Perverter tradições: Masculino-Feminino, Erotismo-Poder, Máquinas-Humano
O segundo episódio do Popol Bug, podcast que tenho com o Bruno Peixe Dias, já pode ser escutado
com Bruno Peixe Dias e Soraia Simões de Andrade
(Bruxelas-Lisboa)
Conversas anartísticas sem guião pontuadas por histórias e músicas entre dois autores melómanos; às quais se juntam, algumas vezes, outros autores melómanos indiferentemente da disciplina artística em que laboram.
Voltámos a perambular pelas estantes de discos e livros, harmonizando — entre intervalos, mistérios, realidade, biografias pessoais e fantasia —, a mesma perversão de códigos do primeiro programa, quer no que diz respeito à notação musical como a elementos linguísticos e sonoros. Os corpos trazidos à luz neste segundo episódio são de mulheres: autoras, compositoras e performers que desafiaram tradições penosas e lampejos de uma língua presa às bíblias e demais determinismos de fonte comum.
Autoras que subverteram ou subvertem a tradição, o masculino, o feminino, as máquinas, até teomitias religiosas. Intérpretes que talharam raízes e lapidaram com fino esmero dispositivos tecnológicos, procurando ressignificar noções de presencialidade, erotismo, poder e identidades.
Na orquestra polifónica de hoje convivem arranjos e disposições lexicais incomuns, sinfonias, improvisações e tumultos, títulos de livros e editoras. Um mundo de oficinas poéticas, baixos, baterias e mbiras.
Dilaceramos os fantasmas presos à memória mais selectiva e percutimos detalhes mais e menos impressivos destas vidas que, graças (e glória) às artes musicais, reluzem e se refugiam nas claves omissas dos sentidos.
Nota: além dos discos, há livros e textos mais e menos ensaísticos sugeridos nesta conversa ao correr das músicas (terão de escutar o episódio)
2024 edição de Paulo Lourenço (músico e engenheiro de som)
AH!, associação Mural Sonoro
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